quinta-feira, 4 de junho de 2015

SOBRE LAMBIDAS E ARREPIOS

Um dia, há tempos, fui à casa de uma amiga que tem dois labradores. Se os cachorros são tudo, labradores são um pouco mais ainda (e daschunds também, Bart não permite que eu conclua a frase sem fazer loas à sua raça).

Mas estava lá, conversando, desatenta ao mundo à minha volta, quando Thelonios Monk,  o labrador mais velho, veio por trás de mim, pôs as patas no meu ombro e me deu uma lambida gigantesca no pescoço. O hálito de alguma fruta. Abacate? A língua morna, molhada. E  eu fiquei arrepiada.

Contei essa história por aí e todo mundo riu. Como assim ficou arrepiada, foi a grande questão. Língua é língua, pescoço é pescoço, e quando há um encontro entre eles, um certo eriçar de pelos é inevitável. Não há muita explicação científica para isso.

Depois, Thelonios achou um paninho velho e pôs-se a esfregá-lo a meus pés.

Abaixo, a cara de bobo de Thelonios, que tem até Facebook e está liderando uma manifestação, leio agora, contra fogos de artifício. Estou dentro. E Bart também!



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